Este Museu tem o objetivo de provocar reflexões acerca do trinômio fazer humano-saúde-cultura.
Na apresentação do livro ‘Museu Didático de Imagens Livres’ (1997) encontramos reflexões iniciais sobre loucura, agir livre e criativo, aquisição de consciência e empoderamento:
“Vivemos no mundo das coisas descartáveis.
Tudo é efêmero.
Nesta realidade,
O que é o homem?…
Qual o sentido de se fazer arte?…
A loucura existe?…
Na tentativa de reconhecer-se,
O homem busca conhecer o outro homem.
Exalta-se.
Frustra-se.
Morre em si mesmo: se desconhece.
Diante do desconhecido, ousa estabelecer critérios de valores:
O normal e o anormal,
O belo e o feio,
O bem e o mal,
O que é de Deus e o que é do demônio.
Neste transcurso histórico,
A loucura é instaurada como obra do demônio,
Do feio e do anormal.
Num determinado momento,
A razão ecoa um grito de ciência
E enquadra a loucura no seu arsenal de saberes.
Dando as costas para a dúvida gerada pelo desconhecido,
A razão instaura uma certeza e promete e cura.”
…
“Atualmente,
diante dos vários movimentos científicos, políticos e culturais,
podemos identificar o fulcro para o entendimento da loucura na manifestação artística.”
“Arte, Religião e Ciência…
Grandes arquivos do conhecimento da humanidade,
Sempre trouxeram no bojo de suas obras, traços da loucura.”
“Enfim, (graças a quem?)
O homem desperta-se diante de si mesmo.
Revê suas certezas: defronta-se com novas dúvidas.
Recomeça.
Utiliza-se do corpo,
Da razão e da liberdade de escolha.”
“O conhecimento humano sobrevive na confluência de referenciais:
O naturalismo biológico,
As formas simbólicas da cultura e
A constituição do sujeito,
Que definem o Homem Pluriversal.”
“Mas, aonde podemos identificar a síntese (universal)
Da realidade trina do Homem (plural)?
A resposta é simples:
No próprio Homem (sujeito-objeto),
Através da relação “conhecimento-ação”.
“Assim, o homem faz.
Diante do que faz,
O homem se conhece.
Expondo-se ao outro, ele SE RECONHECE.”
“Na Terapia Ocupacional,
Realizando atividades,
Busca-se o conhecimento ‘no’ e ‘para’ o paciente
Do significado de se estar doente no contexto de uma existência.”
“Através da exposição pública, as obras dos pacientes –
Objetos terapêuticos – que compõem
O ‘Museu Didático de Imagens Livres Professor Rui Chamone Jorge’,
Podemos penetrar no universo simbólico da história particular de um homem
E compreender a humanidade.”
“No seu caráter didático,
O Museu nos permite conhecer a construção científica, clínica e teórica
Do Terapeuta Ocupacional, Pesquisador e Professor Rui Chamone Jorge,
Falecido em 1993.”
“Sua função social precípua está em provocar os visitadores a reverem seus valores e conceitos relacionados com as dificuldades psíquicas das pessoas. Desta forma contribuindo para uma atitude mais humanitária no campo da saúde e do trabalho.”
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