O Ensino Prático de Terapia Ocupacional (História e Denúncia)

Neste texto está registrado a fala do Professor Rui Chamone Jorge no 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE TERAPIA OCUPACIOANAL – Recife, julho/1989.

Foi a 1º publicação do ‘CADERNOS DE TERAPIA OCUPACIONAL’ do GESTO, que destina-se a publicações de conferências, artigos originais, relato de casos, atualizações, ensaios terapêuticos relacionados à profissão, buscando oferecer a oportunidade para novos autores exteriorizarem seus pensamentos e favorecer a evolução destes a partir da crítica de terceiros.

Rui Chamone, neste texto, expressou sua crítica quanto a forma de ensino de Terapia Ocupacional a partir de sua experiência como aluno (formou-se em 1969) e das dificuldades relatadas por seus alunos em suas experiências acadêmicas.

Para este autor, a formação de T.O. estava mais voltada a um nível de especialização do que de generalistas. “E isto é a pior das implicações dos cursos práticos, pois apenas verticalizam o conhecimento desde seu nascedouro, reduzindo a compreensão do homem a segmentos isolados de seu corpo e de suas carências passíveis de serem resolvidas em relações simples e imediatas” (p. 9).

Sentindo falta de uma visão globalizante do ser humano em sua formação buscou a leitura de diversas áreas do conhecimento. Entendeu a Terapia Ocupacional como um ramo novo de um conhecimento antigo da humanidade pois percebeu sua fundamentação embutida na maior parte dos textos que buscavam explicar o mundo, o homem e as relações de ambos.

A partir das ideias e críticas expostas este autor falou sobre a relação fundamental de complementariedade entre teoria e prática nenhuma bastando-se sozinha para a evolução dos conhecimentos da profissão.

“A partir do que tenho falado, não se pode concluir que minha proposta de ensino desvincula a prática da teoria e nem poderia ser diferente. Sabe-se que a primeira origina a segunda e esta responde aos problemas daquela. Não existe, portanto, teoria que se baste a si mesma sem uma prática que, verificando-a, a confirme ou negue” (p.10).

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