A construção da proposta de teleatendimento, telemonitoramento e teleconsulta em período de Pandemia Relato de experiência vivenciada por Rômulo Elias, Terapeuta Ocupacional, diretor do Ges.TO, em atendimento de saúde mental ambulatorial particular: Como vimos nas cartilhas de orientações veiculadas pelos CREFITO’s, compete ao Terapeuta Ocupacional AVALIAR E ELEGER os casos considerados essenciais para manutenção dos atendimentos presenciais; e avaliar a possibilidade de teleatendimento, telemonitoramento para os casos em acompanhamento, ou teleconsulta para novos casos. Sabemos sobre o paciente e seu processo terapêutico… Mas, qual a demanda dele diante de algo tão novo para todos nós? Inicialmente, busquei contato com outros colegas, e obtive opiniões sobre as diferentes condutas adotadas: desde os que mantiveram os atendimentos presenciais com os cuidados de biossegurança, até os que suspenderam completamente os atendimentos. Também me ocorreu, ainda, a seguinte questão: será possível realizar a atividade livre e criativa com a possibilidade de critica e reflexão através do atendimento online? As respostas a esta dúvida também foram divergentes … Entendi que teria de trilhar o meu próprio caminho, experimentar criticamente as possibilidades que avaliava mais apropriadas para cada caso e, em seguida, discuti-las e questioná-las para fazer os ajustes necessários à luz dos novos conhecimentos. Como sempre fui avesso à tecnologias, não sabia nada sobre como realizar teleconsultas e telemonitoramentos. Solicitei ajuda a uma amiga, que pacientemente me deu aulas, treinos e testes para que eu definisse qual plataforma seria melhor e mais adequada (em principio para mim). No dia 28/03/2020, enviei um comunicado a cada paciente, disponibilizando o acompanhamento online. E como seria trabalhada cada demanda? No dia 30/03/2020, realizei o contato telefônico com cada paciente e ajustei os planejamentos terapêuticos, diante do que seria mais confortável e econômico no sentido de minimizar desgastes pessoais e emocionais tanto para o paciente quanto para o terapeuta e que não prejudicasse o processo terapêutico individual. Junto ao paciente, avaliamos as possibilidades e limitações desta nova modalidade de atendimento. Alguns, optaram por suspender os atendimentos e buscar contato comigo quando fosse necessário;  outros demandaram apenas orientação, o que compreendi como possível através do telemonitoramento, e outros demandaram atendimento psicoterapêutico ocupacional, reforçando o quanto a realização das atividades durante os atendimentos eram fundamentais em seu processo de conscientização. Junto a estes, foram trabalhados os cuidados nos diversos aspectos da teleconsulta terapêutica ocupacional, que serão abordadas em posts futuros. Na próxima terça-feira conversaremos um pouco mais sobre: Aprendizado digital, a escolha da plataforma a ser utilizada e o Contrato terapêutico em tempos de Pandemia. Para quem não conhece, segue a CartilhaAtendimentoEssenciais_CREFITO4 (clique para download)

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